COTAÇÕES AGRÍCOLAS

terça-feira, 3 de julho de 2012

Soja: Preços confirmam tendência histórica





É importante que os preços confirmem as tendências históricas  com relação ao desempenho dos preços para o mês de junho.

No último dia 29, os preços para soja na Bolsa de Chicago registraram o preço de US$ 15,14 por bushel para os futuros do mês de julho, sendo o maior preço desde 1º de julho de 2008 e o segundo maior preço da história da soja desde a criação da Bolsa de Chicago, em 1848.

Somados os preços da bolsa com os prêmios para a respectiva posição dos futuros para julho de 2012, os registros indicam o "maior preço da história" para a negociação de soja física de origem brasileira.

Com o intuito de reforçar as análises do desempenho dos preços para a soja, que servirão de arquivo histórico para nossos produtores, menciono o último parágrafo do meu livro "Como Lucrar Negociando Soja", assim escrito no dia 4 de março de 2011: "Com estoques apertados de grãos e oleaginosas, o cenário mundial sugere que, no próximo ano de 2012, os preços para as commodities agrícolas, principalmente soja, poderão registrar valores estupendos, provavelmente recordes de todos os tempos``.

Na minhas participações no Canal Rural e Notícias Agrícolas durante todo esse tempo, sempre confirmei que o mercado apontava para essa tendência.  Na mesma época, produzi um gráfico de estudos que apontava um provável preço para soja na Bolsa de Chicago de US$ 15,52 por bushel, amplamente divulgado nas minhas palestras.

Com a marca atingida na data de 2 de julho de 2012, no preço de US$ 15,42 por bushel, considero atingido meu objetivo de estudos que data de um ano atrás.

Este registro histórico pontual, não elimina a condição analítica de que os preços continuarão a escalada de alta na Bolsa de Chicago e de que sugere desempenho ao alcance de US$ 16,70 por bushel, como o maior preço da história da soja.

A grave crise de suprimento que se estabeleceu a partir das perdas das lavouras sul-americanas, que resultou numa escalada de preços para racionar o consumo nos mercados consumidores, está agravada pelas prováveis perdas das safras de verão americana, que implica também demandar a necessidade de racionar o consumo  nos países maiores produtores, neste caso Brasil, Argentina e principalmente nos Estados Unidos.

Importante notar que os Estados Unidos já venderam/comprometeram cerca de 13.600 milhões de toneladas da safra de soja a ser colhida a partir de setembro próximo, quando no mesmo per[iodo do ano passado estavam em cerca de 7.500 milhões de toneladas, enquanto, há 2 anos, era
somente cerca de 4.900 milhões de toneladas.

Avalia-se que esta será a segunda maior crise de suprimento de soja depois da grande crise de abastecimento do inicio dos anos 70.

Atenciosamente,

Liones Severo
Fonte: Liones Severo

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