Nesta terça-feira (17), os futuros dos grãos operam
com volatilidade na Bolsa de Chicago. Por volta das 9h20 (horário de Brasília),
soja e trigo recuavam e o milho trabalhava com ligeiros ganhos. Esse movimento
de realização de lucros acontece depois do pregão de intensas altas desta
segunda-feira (16), quando a oleaginosa chegou a subir quase 40 pontos e os
grãos mais de 30.
Apesar dessa baixa de hoje, a tendência de alta
continua no mercado internacional de grãos. As condições climáticas ainda são
bastante desfavoráveis e o último relatório de acompanhamento de safra
divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ontem já
trouxe o resultado dos prejuízos.
De acordo com o departamento, 34% das plantações de
soja estão em boas ou excelentes condições. A projeção dos traders variava
entre 36 e 38% e, na semana passada, esse número era de 40%. Em situação
regular, estão 36% das lavouras e em condições ruins, 30%.
Para o milho, o USDA afirma que apenas 31% das
lavouras encontram-se em boas condições, recuando de 40% registrado na semana
passada. A expectativa dos participantes do mercado era de 33 a 35%. 31% das
plantações estão condições regulares e 38% em condições ruins/muito
ruins.
"A mensagem principal neste momento é não
tentem colocar teto nos preços e usem o momento para garantir um preço mínimo
de proteção para sua venda e ainda poder participar da bem provável contínua
alta", disse o analista de mercado Pedro Dejneka, da PHDerivativos, de
Chicago.
Segundo as últimas previsões climáticas, os
próximos dez dias ainda serão de tempo quente e seco nos Estados Unidos e a
safra norte-americana segue se comprometendo a cada dia. Sofrendo com a pior
seca desde 1988, as lavouras do país sofrem com a falta de água em estágios
onde a presença da mesma é fundamental.
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