COTAÇÕES AGRÍCOLAS

segunda-feira, 16 de julho de 2012

BOT: Soja, milho e trigo dão continuidade à firme escalada de preços


A escalada dos preços dos grãos continua firme na Bolsa de Chicago. Soja, milho e trigo iniciam mais uma semana com ganhos de mais de 30 pontos nos seus principais vencimentos na sessão desta segunda-feira. Nos Estados Unidos, a expectativa para o clima nessa semana é, novamente, de altas temperaturas, tempo seco e chuvas leves e esparsas em pontos isolados, e esse ainda é o principal fator de sustentação para as cotações. 

Os investidores seguem de olho no desenvolvimento do clima norte-americano e nos estragos causados nas lavouras do país. Uma das regiões mais afetads pela pior estiagem desde 1988 é o Corn Belt, o cinturão produtor dos EUA. "A tendência de clima ainda não virou. As chuvas desta sexta-feira (13) sobre Iowa e agora sobre Illinois, apesar de apresentarem um certo “alívio” para alguns produtores, são um caso isolado, não uma virada de tendência do clima", disse Pedro Dejneka, analista de mercado da PHDerivativos, direto de Chicago. 

Os últimos boletins semanais de acompanhamento de safra divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) vêm trazendo sempre uma preocupante redução do índice de plantações em boas ou excelentes condições refletindo os danos causados pelo calor excessivo. 

Nesta segunda-feira, o reporte não deverá ser diferente. O mercado acredita que noavamente será apresentado uma baixa na qualidade da produção norte-americana. De acordo com o departamento, aproximadamente 78% da área de produção de milho - cultura onde os danos já são irreversíveis - sofre com a seca. Isso fez com que, como explicou Dejneka, a soja subisse 24% desde meados de maio frente aos 40% de alta do milho. Veja o gráfico abaixo. A área escura é o cinturão de produção, enquanto a área listrada representa áreas sofrendo com seca.



"O período de polinização do milho (período importantíssimo para determinação de potencial de rendimento da planta) começou mais cedo este ano nos EUA devido à fantástica primavera que tivemos aqui que possibilitou o início mais precoce de plantio", explicou o analista. 

Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes


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