A
escalada dos preços dos grãos continua firme na Bolsa de Chicago. Soja, milho e
trigo iniciam mais uma semana com ganhos de mais de 30 pontos nos seus
principais vencimentos na sessão desta segunda-feira. Nos Estados Unidos, a
expectativa para o clima nessa semana é, novamente, de altas temperaturas,
tempo seco e chuvas leves e esparsas em pontos isolados, e esse ainda é o principal
fator de sustentação para as cotações.
Os
investidores seguem de olho no desenvolvimento do clima norte-americano e nos
estragos causados nas lavouras do país. Uma das regiões mais afetads pela pior
estiagem desde 1988 é o Corn Belt, o cinturão produtor dos EUA. "A
tendência de clima ainda não virou. As chuvas desta sexta-feira (13) sobre Iowa
e agora sobre Illinois, apesar de apresentarem um certo “alívio” para alguns
produtores, são um caso isolado, não uma virada de tendência do clima",
disse Pedro Dejneka, analista de mercado da PHDerivativos, direto de
Chicago.
Os
últimos boletins semanais de acompanhamento de safra divulgados pelo USDA
(Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) vêm trazendo sempre uma
preocupante redução do índice de plantações em boas ou excelentes condições
refletindo os danos causados pelo calor excessivo.
Nesta
segunda-feira, o reporte não deverá ser diferente. O mercado acredita que
noavamente será apresentado uma baixa na qualidade da produção norte-americana.
De acordo com o departamento, aproximadamente 78% da área de produção de milho
- cultura onde os danos já são irreversíveis - sofre com a seca. Isso fez com
que, como explicou Dejneka, a soja subisse 24% desde meados de maio frente aos
40% de alta do milho. Veja o gráfico abaixo. A área escura é o cinturão de
produção, enquanto a área listrada representa áreas sofrendo com seca.
"O
período de polinização do milho (período importantíssimo para determinação de
potencial de rendimento da planta) começou mais cedo este ano nos EUA devido à
fantástica primavera que tivemos aqui que possibilitou o início mais precoce de
plantio", explicou o analista.
Fonte: Notícias Agrícolas // Carla Mendes
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