Redação*
A estimativa para a safra de grãos 2011/12 é de 162,6 milhões de
toneladas, aponta o mais recente levantamento da Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa). O estudo aponta 0,1% a menos do que o obtido na temporada
2010/11, quando atingiu 162,8 milhões de toneladas.
De acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (05) pela estatal,
a produção do milho segunda safra (safrinha) apresentou um crescimento de 60,9%
ou o equivalente a 13,08 milhões de toneladas sobre o ciclo anterior,
alcançando 34,57 milhões de toneladas. No ano passado, foram colhidas 21,48
milhões de toneladas.
Os resultados na produção do milho se devem às condições favoráveis da
cultura nas áreas de maior produção. Já a estimativa para as safras
consolidadas (primeira e segunda safras) mostrou um crescimento de 21% ou de
12,07 milhões de toneladas, alcançando 69,48 milhões de toneladas.
Em compensação, soja e arroz registraram queda, respectivamente, de 8,9
milhões de toneladas e 2,05 milhões de toneladas. As reduções se devem,
principalmente, às condições climáticas não favoráveis, principalmente nas
fases de desenvolvimento das culturas, quando foram mais prejudicadas as
lavouras de milho e de soja, nos Estados da região Sul, parte do Sudeste e no
sudoeste de Mato Grosso do Sul. Também pesou a estiagem nos estados nordestinos
que tiveram perda em todas as culturas.
A região Nordeste, sobretudo no Semiárido, sofreu bastante com a seca
que castigou a produção em geral, levando a uma queda de 21,9% em relação à
safra passada, ou seja, 3,5 milhões de toneladas de produtos como milho e
feijão.
Área plantada
A estimativa total de área plantada é de 50,83 milhões de hectares, com
um crescimento de 1,9% ou 960,7 mil hectares a mais do que a da temporada
2010/11, quando atingiu de 49,87 milhões de hectares. A área cultivada do milho
segunda safra cresceu 22,7 % ou 1,3 milhão de hectares. A soja vem em seguida,
com aumento de 3,4% ou 819,5 mil hectares a mais. Por outro lado, as culturas
de arroz e feijão apresentaram redução na área. O feijão, devido a problemas na
comercialização, dificuldades climáticas na região Nordeste e nos preços baixos
durante o estabelecimento da primeira safra. Já o arroz, pela falta de água nos
reservatórios, aumento no custo de produção e preços pouco atrativos.
* Com informações do Mapa
Nenhum comentário:
Postar um comentário