O mercado
internacional de grãos registra mais um dia bastante positivo na Bolsa de
Chicago. Nesta terça-feira, por volta das 8h30 (horário de Brasília), a soja
operava com mais de 30 pontos nos principais vencimentos. O milho e o trigo
também registravam com altas de dois dígitos.
O
principal fator de alta para os preços tem sido, desde a sessão desta
segunda-feira, as condições climáticas adversas nos Estados Unidos. Por conta
do clima quente e seco, o índice de lavouras em boas ou excelentes condições
recuou e estimulou novas e significativas altas para as cotações, segundo o
último relatório de acompanhamento de safra divulgado pelo USDA (Departamento
de Agricultura dos Estados Unidos).
O boletim
do departamento norte-americano apontou que entre as plantações de milho, 63%
estão em condições boas ou excelentes, contra 66% da semana passada e 70% do
mesmo período no ano passado. No caso da soja, os números recuaram de 60% das
lavouras em bom estado para apenas 56%. Nesse mesmo período em 2011, o índice
era de 68%.
Na última
semana, menos de 5% das chuvas "normais" caíram em partes dos estados
de Iowa e Illinois. "Com a falta de umidade no centro-norte de Illinois e
em partes do Corn Belt espera-se que esses índices caiam ainda mais. No leste
de Iowa e em Illinois as coisas estão difíceis", disse Scott Stoller,
comerciante de cereais de Illinois.
O temor é
de que a falta de chuvas e as altas temperaturas possam comprometer a
produtividade das plantações, frustrando as expectativas para uma safra recorde
de milho e ajustando ainda mais a já preocupante safra de soja.
No atual
momento da safra, como explicou o analista de mercado Pedro Dejneka, da
PHDerivativos, o clima prejudica mais o desenvolvimento do milho do que da
soja. Além disso, mesmo que o cereal sofra com uma quebra de safra, a oferta
ainda assim será muito grande e os estoques bastante amplos. Já no caso da
soja, a oferta será restrita com ou sem perdas, e os estoques, possivelmente,
os menores da história.
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