29/06
BRASÍLIA (Reuters) - Com mais recursos e juros menores, o plano agrícola
para a nova safra (2012/13) deve fortalecer o setor agropecuário internamente e
reforçar a atuação do Brasil no mercado externo em meio à crise na economia,
disse a presidente Dilma Rousseff nessa quinta-feira (28).
"O nível de competitividade da agricultura no Brasil é capaz de superar as crises", afirmou a presidente em discurso durante o lançamento do plano, acrescentando que não há restrições de recursos para agricultura.
"Esse plano agrícola pretende ampliar cada vez mais o espaço da agricultura brasileira dentro e fora do Brasil", acrescentou.
O governo federal anunciou na manhã desta quinta-feira, em Brasília, o Plano Agrícola e Pecuária para a safra 2012/13, confirmando aumento de 7,5 por cento nos recursos disponíveis para custeio e investimentos no campo.
Ao todo, serão oferecidos 115,2 bilhões de reais para a agricultura empresarial, ante 107,2 bilhões de reais do ciclo anterior. Deste total, 86,9 bilhões de reais serão para financiar custeio e comercialização e 28,2 bilhões de reais para investimentos.
O novo plano reduz de 6,75 por cento para 5,5 por cento a taxa anual de juros.
"Isso é o reconhecimento que damos ao papel que a agricultura desempenha no enfrentamento da crise mundial", disse Dilma, sobre a redução de juros.
"Os juros baixaram no capital de giro e no investimento", acrescentou o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, durante o evento.
O total de recursos com taxa de juros controlada será de 93,9 bilhões de reais, o que corresponde a um acréscimo de 18,5 por cento em relação ao programado para a safra anterior. Já os juros livres totalizam 21,3 bilhões de reais.
"Esperamos por 20 anos por juros compatíveis com a nossa atividade produtiva", disse a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, senadora Katia Abreu, celebrando a redução da taxa.
NOVOS LIMITES
Foram ampliados os limites de financiamento de custeio e
comercialização.
No caso do custeio, houve aumento do limite para 800 mil reais por produtor, ante 650 mil reais do plano anterior.
No caso do custeio, houve aumento do limite para 800 mil reais por produtor, ante 650 mil reais do plano anterior.
Para a comercialização o limite foi elevado para 1,6 milhão de reais,
ante 1,3 milhão de reais do plano anterior. Em ambos os casos, a variação foi
de 23 por cento sobre a safra anterior.
O limite de financiamento de cooperativas passou para 100 milhões de reais por entidade, ante 60 milhões do último plano.
O limite de financiamento de cooperativas passou para 100 milhões de reais por entidade, ante 60 milhões do último plano.
MÉDIO PRODUTOR
A taxa de juros para médios produtores foi reduzida para 5 por cento ao
ano, ante 6,25 por cento do plano anterior.
O volume de recursos para custeio cresceu 15 por cento, para 7,1 bilhões
de reais.
Foi elevada para 800 mil reais a renda bruta anual para enquadramento do produtor no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), ante 700 mil reais de limite na última safra.
O limite de crédito por beneficiário passou para 500 mil reais, ante 400 mil reais no ano anterior.
"Tem que chegar ao maior número de produtores", disse a presidente Dilma. "Ter este foco no médio produtor é um momento importante", acrescentou ela.
Foi elevada para 800 mil reais a renda bruta anual para enquadramento do produtor no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), ante 700 mil reais de limite na última safra.
O limite de crédito por beneficiário passou para 500 mil reais, ante 400 mil reais no ano anterior.
"Tem que chegar ao maior número de produtores", disse a presidente Dilma. "Ter este foco no médio produtor é um momento importante", acrescentou ela.
O Plano Safra da Agricultura Familiar será lançado na próxima semana,
com um montante de 18 bilhões de reais em crédito para os pequenos produtores.
EXTENSÃO RURAL
A presidente Dilma disse ainda que o governo estuda a criação de uma
agência de extensão rural, capaz de disseminar as melhores técnicas agrícolas
em todo o país.
"É uma forma de democratizar conhecimento", disse ela. "Este talvez seja um dos maiores desafios do meu governo."
"É uma forma de democratizar conhecimento", disse ela. "Este talvez seja um dos maiores desafios do meu governo."
Segundo a presidente, a agência só poderá existir com a cooperação entre
Ministério da Agricultura e Ministério do Desenvolvimento Agrário.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello; Texto Gustavo Bonato; Edição Fabíola Gomes)
(Reportagem de Maria Carolina Marcello; Texto Gustavo Bonato; Edição Fabíola Gomes)
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