O conjunto de medidas do pacote, em Brasília.
Para o dirigente, a participação da Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a postura da presidenta Dilma no
lançamento do Plano vão ao encontro das posturas defendidas pelo setor. “Tão
importante quanto as medidas práticas anunciadas, o evento demonstrou o
alinhamento do Governo Federal às demandas do setor e o reconhecimento em
relação ao seu peso no panorama econômico atual”, avalia o dirigente.
Tal como havia sido informado anteriormente, o
Plano terá incremento de 7% no volume de recursos disponíveis para custeio e
investimento na safra que inicia em 1º de julho. Dos R$ 115,2 bilhões
disponíveis, R$ 86,9 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização e R$
28,2 bilhões para programas de investimento. O montante total oferecido no
ciclo anterior foi de R$ 107,2 bilhões. Outro avanço foi a redução na taxa de
juros, de 6,75%, no ciclo anterior para 5,5% ao ano.
No lançamento, o ministro da Agricultura e
Pecuária, Mendes Ribeiro Filho, fez menção à quantia disponibilizada, lembrando
que no ciclo 2006/07 foram oferecidos R$ 27 bilhões. Com o incentivo, destacou
o ministro, o governo espera “manter a agropecuária brasileira no patamar de
destaque já alcançado”. A presidente CNA participou do lançamento e enalteceu a
coerência da presidenta na condução das questões relacionadas ao setor
agropecuário, lembrando que há quatro décadas o brasileiro gastava 48% da renda
com a alimentação, percentual que hoje fica em 17%, permitindo que a diferença
seja aplicada em itens como moradia e qualidade de vida.
Dilma Roussef defendeu políticas voltadas pera o
médio produtor e ressaltou que o crescimento da produção nacional não é
incompatível com a sustentabilidade. Citou práticas da agricultura como o
plantio direto na palha, a rotação lavoura-pecuária e métodos que contribuem
para a fixação de nitrogênio no solo como ações ambientalmente corretas que se
revertem em aumento de produtividade. “Somos uma potencia agropecuária porque
agregamos às condições naturais a eficiência do trabalho e da tecnologia”,
afirmou.
Além de aumento no montante total e da redução de
juros, o Plano eleva os limites de financiamento para produtores de R$ 650 mil
para R$ 800 mil para custeio e de R$ 1,3 milhão para R$ 1,6 milhão para
comercialização. As cooperativas também tiveram elevado seu limite de
financiamento de R$ 25 milhões para 50 milhões pelo Procap-Agro e de R$ 60
milhões para R$ 100 milhões, através do Prodecoop.
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