Proibição na aplicação de defensivos por via aérea prejudicará soja em Mato Grosso
Proibição na aplicação de defensivos por via aérea prejudicará soja em Mato Grosso
O setor teme
que, sem os defensivos a produtividade fique comprometida. Portaria do Ibama
suspendeu 30 produtos usados no campo.
A proibição
na aplicação de agrotóxicos em qualquer tipo de cultura, por via aérea, deve
prejudicar o plantio da soja.
A Portaria do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que impede provisoriamente
o uso de defensivos como Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina e Fipronil,
foi publicada recentemente no Diário Oficial da União (DOU).
De acordo com o presidente da Associação dos
Produtores de Soja (Aprosoja), Glauber Silveira, a proibição do uso de 30
produtos está causando prejuízos ao setor. Conforme ele, há locais nas lavouras
onde não é possível fazer a aplicação do defensivo por via terrestre. "Mas
a medida impede o uso de aviões". O setor teme que, sem os defensivos a
produtividade fique comprometida.
Outra reivindicação do setor é a liberação de
pesquisas no combate às doenças no campo, como a ferrugem asiática. A resistência
de pragas que atacam a soja causa preocupação entre os produtores. Para o
presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso
(Aprosoja-MT), Carlos Fávaro, o Brasil precisa avançar nas pesquisas se quiser
garantir o aumento sucessivo na produção.
"Desde 2008 não há liberação de novas
moléculas de produtos químicos. Estamos ficando para trás, já que os Estados
Unidos, por exemplo, estão há três anos com produtos mais eficientes que os
nossos".
Portaria - A portaria do Ibama dá início formal ao
processo de reavaliação de agrotóxicos associados a efeitos nocivos às abelhas.
Quatro ingredientes ativos que compõem esses agrotóxicos serão reavaliados:
Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina e Fipronil. O uso de inseticidas que contêm
esses ingredientes ativos por meio de aplicação aérea tem sido associado à
morte de abelhas em diferentes regiões do país, o que motivou a proibição.
Esta iniciativa do Ibama segue diretrizes de
políticas públicas do Ministério do Meio Ambiente (MMA) voltadas para a
proteção de polinizadores. Elas acompanham a preocupação mundial sobre a
manutenção de populações de polinizadores naturais, como as abelhas.
Ao final do processo de reavaliação, o Ibama poderá
manter a decisão de suspensão da aplicação por aviões destes produtos, ou
revê-la. Caso o resultado dos estudos indiquem, o instituto poderá adotar
outras medidas de restrição ou controle destas substâncias.
Fonte: Cenário MT
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