COTAÇÕES AGRÍCOLAS

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Cacau: Nova carga retida com insetos vivos agrava temores de uma nova crise no Brasil


Cacau: Nova carga retida com insetos vivos agrava temores de uma nova crise no Brasil

No mercado interno, ágio pago ao produtor tem leve diminuição.

Uma nova carga de cacau importada da Costa do Marfim por uma multinacional foi retida no Porto de lhéus(BA) durante esta semana,contendo insetos vivos.O grande temor dos produtores brasileiros é a entrada de doenças no país, que afetariam a produtividade nacional e poderiam causar nova crise no setor cacaueiro.

De acordo com Thomas Hartmann, analista de mercado, além de ser um grande problema sanitário, o fato é uma preocupação política. Segundo ele,a mercadoria está chegando ao Brasil  sem inspeção prévia no país de origem, o que reforça a insegurança por parte dos cacaueiros.

Ainda não se sabe que tipo de insetos foram encontrados na mercadoria,mas o analista acredita que não é uma espécie nociva para as lavouras de cacau. “De qualquer maneira, é um fato extremamente sério e lamentável.Está sendo levado além do campo técnico, para o campo político”, argumenta. Para Hartmann, deveria ser adotada novamente a inspeção na origem, porém por técnicos brasileiros.

É a segunda vez que o episódio acontece em um curto espaço de tempo, e os pareceres finais sobre a carga ainda estão sendo aguardados.

No mercado interno brasileiro, o ágio pago ao produtor vem apresentando uma leve diminuição, devido a uma entrada excessiva do fruto no país. “O que está havendo é um excesso de entrada de cacau que está provocando problemas graves de armazenamento. Em função disso,várias das grandes empresas compradoras têm reduzido o ágio ou prêmio que se calcula sobre a cotação na Bolsa de Nova York”, diz. 

O analista frisa, entretanto, que a diminuição do ágio é um fenômeno passageiro que deve se normalizar entre seis a oito semanas.
Fonte: Notícias Agrícolas // Thaís Jorge

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