Soja: Mercado registra mais
uma sessão de perdas em Chicago
A semana
começa com perdas para o mercado internacional da soja, com os futuros
negociados na Bolsa de Chicago registrando perdas de dois dígitos na manhã
desta segunda-feira (29). Por volta do meio-dia (horário de Brasília), os
preços recuavam mais de 13 pontos em seus principais vencimentos.
Segundo
analistas ouvidos pela agência internacional Bloomberg, esse recuo dos preços
reflete, parcialmente, a previsão de um tempo favorável para o Brasil e para a
continuidade do plantio da safra 2012/13. "O principal fator que tem sido
observado pelo mercado agora é a safra e as condições de plantio no Brasil e na
Argentina. As previsões de chuva no Brasil poderão pressionar negativas ",
disse o economista especialista em agronegócio, Michael Creed, do National Bank
of Australia.
De acordo
com a agência norte-americana Telvent DTN, as chuvas podem se desenvolver nesta
semana, depois de dias quentes e secos que comprometeram o bom desenvolvimento
dos trabalhos de campo nas lavouras brasileiras.
Analistas
vêm explicando há alguns dias que o mercado, aos poucos, tem voltado suas
atenções ao andamento da nova safra da América do Sul e às condições
climáticas, já que espera ansiosamente por uma temporada bastante positiva e
uma oferta cheia vinda dos produtores sulamericanos.
A
expectativa, de acordo com o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos), é de que o Brasil, neste ciclo 2012/13, seja o maior exportador
mundial de soja depois que uma forte seca castigou e provocou uma expressiva
quebra na produção norte-americana.
O analista
de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest, explica que os preços neste início de
semana ainda estariam um tanto "contaminados" pelas baixas
registradas na semana passada em função, principalmente das exportações
semanais norte-americanas fciando aquém do esperado. Porém, diz ainda que o
ritmo dos embarques já está sendo retomado.
Além disso,
Vanin afirma ainda que uma queda dos preços no complexo soja registrada no
mercado chinês também atua como fator de pressão negativa para os preços na
CBOT.Não só o complexo soja, mas um mau momento do óleo de palma - mercado
bastante relacionado com o da soja - pesa sobre os negócios no cenário
internacional.
O mercado financeiro, nesta segunda-feira, também
se mostra mais incerto e preocupante, o que pressiona os futuros da oleaginosa,
já que reduz a aversão ao risco por parte dos investidores e estimula um
movimento de vendas por parte dos fundos.
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