COTAÇÕES AGRÍCOLAS

sábado, 15 de dezembro de 2012

Ferrugem e lagarta preocupam sojicultores em Mato Grosso



Ferrugem e lagarta preocupam sojicultores em Mato Grosso

As lavouras comerciais de soja já apresentam 17 casos relatados de ferrugem neste ano, segundo diagnóstico do Consórcio Antiferrugem. Os produtores estão preocupados porque este número é normalmente alcançado apenas no início do ano, nas fases finais de desenvolvimento das lavouras. No ano passado, os primeiros 12 casos de ferrugem apareceram apenas em janeiro.



Confira a notícia na íntegra no site do Valor Econômico
Fonte: Valor Econômico

Suia-Missu: Foco de tensão fundiária em MT fica deserto



Suia-Missu: Foco de tensão fundiária em MT fica deserto
Após confronto entre posseiros e PMs, oficiais de Justiça abordam fazendas mais distantes (por DANIEL CARVALHO, JUCA VARELLA, ENVIADOS ESPECIAIS A POSTO DA MATA (MT) da Folha de S. Paulo). Abaixo, relatos da equipe de jornalismo da Tv Centro-America (G1/MT)
  
Principal ponto de tensão fundiária hoje no país, o distrito de Posto da Mata, em Mato Grosso, epicentro da operação de retirada de posseiros da terra indígena Marãiwatsédé, começa a tomar ares de cidade fantasma. Mas o aparente abandono da área não esconde o acirramento dos ânimos nesse trecho do município de Alto Boa Vista, em razão da operação iniciada há uma semana. O cenário de ruas desertas contrasta com a tensão na BR-158, com caminhoneiros irritados pelo bloqueio e manifestantes que se dizem dispostos a morrer pela terra. Após confronto entre posseiros e forças policiais em Posto da Mata na segunda-feira, oficiais de Justiça passaram a abordar fazendas mais afastadas da concentração para evitar conflitos. Segundo a Funai, a força tarefa federal já percorreu 13 grandes fazendas na região. A maioria estava desocupada. Segundo o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), "a desintrusão de Marãiwatsédé prossegue e chegará com êxito ao final". Na vila, de casas de madeira, quase não há movimento. A comunidade fica reunida em posto de gasolina à margem da BR-158. Ontem, igreja, dentista e até o bar estavam fechados. Faltam produtos no único restaurante aberto perto do bloqueio. Na escola Nova Suiá, as aulas foram encerradas uma semana antes em razão da evasão, com 10% dos 600 jovens em sala. "Os pais ficaram amedrontados [com a PM]", disse a professora Luceir Paz.
Juca Varella/Folhapress
 Aluna da escola em Posto da Mata anda pelas ruas do distrito; a escola suspendeu as atividades antes do fim do ano letivo
Famílias ateiam fogo à bandeira em 
protesto à saída de área em MT

Produtores alegam que assentamento reservado a eles está ocupado. Desocupação de Marãiwatsédé entrou no 5º dia e atingiu 20 mil hectares.

Do G1 MT
 
A área em disputa tem uma extensão de aproximadamente 165 mil hectares. De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), o povo xavante ocupa a área Marãiwatsédé desde a década de 1960. Nesta época, a Agropecuária Suiá-Missú instalou-se na região. Em 1967, índios foram transferidos para a Terra Indígena São Marcos, na região sul de Mato Grosso, e lá permaneceram por cerca de 40 anos, afirma a Funai.
No ano de 1980 a fazenda foi vendida para a petrolífera italiana Agip. Naquele ano, a empresa foi pressionada a devolver aos xavantes a terra durante a Conferência de Meio Ambiente no ano de 1992, à época realizada no Rio de Janeiro (Eco 92). A Funai diz que neste mesmo ano - quando iniciaram-se os estudos de delimitação e demarcação da Terra Indígena - Marãiwatsédé começou a ser ocupada por não índios.
O ano de 1998 marcou a homologação, por decreto presidencial, da Terra Indígena. No entanto, diversos recursos impetrados na Justiça acirraram a disputa pela terra entre produtores rurais e indígenas. A Funai diz que atualmente os índios ocupam uma área que representa "apenas 10% do território a que têm direito".
A área está registrada em cartório na forma de propriedade da União Federal, conforme legislação em vigor e seu processo de regularização é amparado pelo Artigo 231 da Constituição Federal, a Lei 6.001/73 (Estatuto do Índio) e o Decreto 1.775/96, pontua a Funai.
Para ler mais notícias de Mato Grosso, clique em g1.globo.com/mt.
Nr: VIDEO NO YOU-TUBE, COM DEPOIMENTOS DE INDIOS XAVANTES


Fonte: Folha de S. Paulo/G1-MT



segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Safra de grãos deverá alcançar 180 milhões de toneladas


Safra de grãos deverá alcançar 180 milhões de toneladas

Conab e IBGE elevam estimativas para a próxima colheita de verão 2012
Redação

A próxima safra de grãos deverá ficar acima das 173 milhões de toneladas, podendo alcançar até 180 milhões, apontam estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a Conab, a produção do ciclo 2012/13 poderá chegar a 180,2 milhões de toneladas, aumento de 8,4% frente ao registrado na temporada anterior. Por sua vez, o IBGE projeta uma colheita de 173,8 milhões de toneladas, 6,9% superior ao resultado do ciclo passado.
De acordo com a Conab, a soja é o destaque, com um incremento de 16,24 milhões de toneladas em comparação com o período 2011/12. Diferentemente do ano tradicional [de janeiro a dezembro], a safra “gorda” de grãos engloba dois anos. O plantio ocorre a partir de setembro, e a colheita inicia-se no começo do ano subsequente, se estendendo até meados de abril.
Ainda segundo a Conab, estatal vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o milho primeira safra [o cereal tem duas safras] manteve elevação de 607,4 mil toneladas e o feijão primeira safra [produto que também tem duas safras], um aumento de 66,6 mil toneladas.
Área

Cálculos da estatal apontam avanço de 2,1% na área cultivada, estimada em 51,94 milhões de hectares, novamente com destaque para a soja. A oleaginosa apresentou um crescimento de área de 8,8% sobre o ciclo anterior. Já, segundo o IBGE, a soja, o arroz e o milho representam 91% da estimativa da produção e respondem por 85,2% da área a ser colhida.

Tecnologia na pecuária evita desmatamento de 16,8 mi de hectares no Mato Grosso


Tecnologia na pecuária evita desmatamento de 16,8 mi de hectares no Mato Grosso
Em 15 anos, concentração de animais por hectare cresceu 62,5%, liberando espaço para a agricultura


Redação
O aumento da produtividade da pecuária do Mato Grosso entre 1996 e 2011 evitou o desmatamento de 16,891 milhões de hectares, área equivalente ao Estado do Acre ou à soma dos territórios da Grécia e da Suíça. O levantamento, feito pela Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), mostra que a taxa de ocupação das pastagens do estado passou de 0,72 animal por hectare em 1996 para 1,17 animal em 2011. Ou seja, para produzir a quantidade atual com a tecnologia de 1996, as pastagens teriam que ocupar um Acre a mais.
Essa evolução tecnológica foi conquistada com melhoramento genético das pastagens e dos animais, além da melhoria de gestão, por exemplo. “Os pecuaristas perceberam que é possível aumentar a produtividade sem precisar abrir novas áreas e decidiram fazer isso sem incentivos ou ajudas”, afirma o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.

Somente nos últimos quatro anos analisados, entre 2008 e 2011, o crescimento na produtividade foi de 16,38%, passando de 1,01 para 1,17 animais por hectare. Esse aumento decorre do fato de o rebanho ter crescido, enquanto a área de pastagens foi reduzida. O número de bovinos do estado passou de cerca de 26 milhões de animais em 2008 para 29 milhões até o ano passado, alta de 12,48%. No mesmo período, os pastos caíram de cerca de 16 milhões de hectares para 24,9 milhões, uma queda de 3,47%.
Ciclos da pecuária

A partir de uma pesquisa feita por meio da base de dados da Nasa sobreposta às imagens do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), a Acrimat concluiu que houve três ciclos da pecuária no Mato Grosso desde 1996. O primeiro, entre 1996 e 2005, foi marcado por uma expansão horizontal da atividade, com a abertura de 3,947 milhões de hectares para pastagens. Na segunda fase, entre 2006 e 2008, a área de pastos ficou praticamente estável, com variação de 0,35% no período. Por fim, entre 2009 e 2011, iniciou-se a redução da área ocupada pela pecuária. Só nesse período, a criação de animais deixou de ocupar 863,8 mil hectares, liberando espaço para o avanço da agricultura.
Alguns municípios chegaram a perder praticamente metade de sua área de pastagem só nesses três anos. É o caso de Querência, no nordeste do estado, que perdeu 47% da área de pastos, ou 47% do total. Na mesma região, São Félix do Araguaia perdeu 57,8 mil hectares de pastagem, uma área pequena se comparada ao total de 654 mil hectares, porém representativa. Segundo Vacari, a região do Araguaia é a que tem transferido mais áreas de pastagens para a agricultura.
Essa transferência não precisa ser um problema, já que a pecuária mato-grossense continua expandindo seu rebanho, ainda que em menos terra. Mas Vacari faz um alerta: “Se os pecuaristas estão deixando de criar gado para plantar é porque sua renda está comprometida. O fato de as commodities estarem valorizadas contribui para o processo, mas não é fator preponderante”, afirma ele.
Outras cidades que tiveram redução registrada da área de pastagem foram Nova Mutum (30%), Nova Maringá (23%), Nova Ubiratã (25%) e Campo Novo dos Parecis (38%).
Entre os municípios que registraram aumento de área de pastagem, Cuiabá dobrou sua área, porém a capital tem participação relativamente pequena na produção. Sua área passou de 58 mil hectares para 126 mil, aproximadamente. Em Alto Araguaia (a 418 km a Sudeste), houve um aumento de 83 mil hectares no período avaliado.