COTAÇÕES AGRÍCOLAS

quarta-feira, 6 de março de 2013

Sinop abre ano com redução nas exportações



Sinop abre ano com redução nas exportações

Os negócios provenientes das exportações de produções sinopenses, em janeiro, atingiram pouco mais de US$ 9,1 milhões, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, divulgados nesta semana. Queda de 17,42% ante o mesmo período do ano passado.

No entanto, apesar da queda do montante, a quantidade de produtos enviados foi maior no período, atingindo 26.811.723 kg líquido mês passado enquanto em janeiro de 2012 somou de 18.061.184 kg líquido.

O milho em grão (exceto para semeadura) foi o item mais comercializado, com negócios atingido a casa de US$ 7,3 milhões (80,62% do total). Em seguida aparece carnes desossadas e congeladas de bovinos, com US$ 1 milhão (11,03% do total). Na lista há ainda as comercializações de madeiras, tripas de bovinos e outras carnes de bovinos, por exemplo.

A Coréia do Sul foi o principal mercado comprador dos produtos sinopenses, com US$ 3,3 milhões em negócios. Em seguida aparecem Egito (US$ 1,5 milhão), Taiwan (US$ 832,4 mil), Irã (US$ 770,2 mil) e Japão (US$ 717,2 mil). A lista é composta, ao todo, por 15 destinos.

Quanto às importações, o levantamento do ministério aponta que foram gastos US$ 6,6 mil com concentradores.

Fonte: Só Notícias

Soja: Custo vai a 48 sacas



Soja: Custo vai a 48 sacas

Clima e frete estão elevando os gastos do produtor nesta safra, em MT. Entre previsão inicial e parcial, há adição de até oito sacas

O sojicultor mato-grossense que não quiser encerrar o atual ciclo no vermelho está obrigado a colher pelo menos 45 sacas por hectare para cobrir os custos de produção, e assim, empatar receita e despesa. Cálculos feitos pelo segmento mostram que de uma estimativa de custo equivalente a 42 sacas, e agora com mais de 50% da área colhida, a conta engordou e pode abocanhar de três a oito sacas a mais e totalizar algo em torno de 48 sacas, ou seja, para produzir um hectare o produtor vai gastar 48 e não mais 42 sacas, conforme estimativa feita em meados do ano passado.

Os grandes vilões do momento, o frete e o clima, juntos podem liquidar a perspectiva de mais um ano seguido de rentabilidade. A produção recorde de mais de 24 milhões de toneladas não está ameaçada até o momento, mas o lucro, nem de longe terá a proporção gigantesca do recorde na produção do grão. Quem colher abaixo da média estadual, 50 a 52 sacas, corre o risco de não ter o que comemorar em mais um recorde de produção no Estado.

Pelo menos no médio norte do Estado, que concentra 40% da produção da oleaginosa, as invernadas de meados de janeiro já eliminaram cerca de 10 sacas por hectare. Os talhões que passaram a ser colhidos no mês de fevereiro, não sofreram tanto com as chuvas prolongadas, mas em função da falta de luminosidade às plantas, perderam potencial produtivo.

O vice-presidente Norte da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja/MT), Naildo Lopes, frisa que em renda essa safra não terá recorde e será pior do que no ano passado. “Quem produzir 52 sacas, vai ter quatro sacas de lucro por hectare. Quem produzir menos que isso, ficará no vermelho e para um ciclo tão cheio de problemas e estresse, quatro sacas de lucro é muito pouco”.

Como argumenta, o clima seco no plantio e de chuvas intensas na colheita, aumentou a demanda por aplicações de inseticidas e fungicidas, sendo pelo menos duas aplicações a mais do primeiro e uma a mais do segundo. Juntos, os químicos e a mão-de-obra acrescentaram um custo de R$ 150 a mais por hectare. “Considerando o transporte, cujo frete da tonelada está até R$ 240 mais caro e o adicional de R$ 150 com os químicos, temos apenas nestes dois itens, um custo de produção até R$ 390 mais caro”.

FRETE - A demanda de uma safra maior e com colheita concentrada – as chuvas seguraram os trabalhos e quando o tempo abriu todos correram ao mesmo tempo para colher – só estrangularam ainda mais o escoamento da produção. “Todo mundo, produtor e trading, querendo caminhões ao mesmo tempo. O efeito foi um só: alta expressiva sobre o custo do serviço”, frisa. O frete de Santa Rita do Trivelatto (445 quilômetros ao norte de Cuiabá) até o porto de Santos (SP) chega a R$ 340 por tonelada e a R$ 320 como padrão. “Esse valor, quando convertido para sacas revela que o produtor estadual está ganhando até R$ 20 a menos pela saca. Se ela vale R$ 64 no porto e vale aqui cerca de R$ 44 ao produtor, é porque a diferença foi abocanhada pelo frete”.

Outro problema enfrentado, é que me razão da escalada do frete, as tradings que têm contratos com o produtor estão ampliando as margens de descontos sobre os grãos – por ocorrência de umidade, impurezas e avarias – para compensar o adicional que têm de pagar para levar a soja até o porto. “Eu mesmo perdi cerca de R$ 9 mil reais em uma carga pelo excesso de descontos aplicados na hora da classificação”.

O analista da cadeia de Grãos do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Cleber Noronha, conta que os transtornos em decorrência da disputa por caminhões, onde em momentos faltam veículos para transportar a soja, só estão começando. “Tudo que temos reportado até o momento são problemas de transporte de curta distância, da fazenda para trading. A grande concorrência começa com a movimentação de exportação”. E com os grandes volumes de segunda safra produzidos pelo Estado a pressão pelo frete deve ser mantida. “Ainda se escoa milho da safra passada, tem a soja que começa a tomar espaços nos armazéns e logo teremos a nova safra de milho e algodão vindo por ai”, completa.

“Considerando a saca no Estado a R$ 45 e a pouco mais de R$ 60 no porto, cotações da última quinta-feira, podemos dizer que o frete atual, com custo de R$ 17,40 sobre cada 60 quilos, abocanha 28% do valor da saca”. No Estado, não há uma série histórica que contabilize o peso do frete sobre a saca, mas os produtores afirmam o escoamento da safra nunca esteve tão caro no Estado como agora.

Lopes frisa que a preocupação com renda é forte neste momento para o segmento porque o clima e a concentração da colheita estão ampliando os custos para todos e reduzindo a produtividade para boa parte dos sojicultores. “No entanto, independentemente do produtividade do produtor, a mordida do frete é igual para todo mundo e quanto menos se colhe, mais pesada ela se torna”.

Fonte: Diário de Cuiabá,
Marianna Peres

Brasil deve responder por 44% das exportações mundiais de soja em grão em dez anos



Brasil deve responder por 44% das exportações mundiais de soja em grão em dez anos

Projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos apontam ainda liderança brasileira no período nas vendas de carne de frango.

Nos próximos dez anos, o Brasil deve continuar tendo papel fundamental no comércio internacional de produtos agropecuários, segundo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgado durante o Agricultural Outlook Forum 2013, em fevereiro. Os maiores destaques serão a soja em grão brasileira, com participação de 44% nas exportações mundiais, e a carne de frango produzida no País, com participação de cerca de 53% do mercado.

A expectativa é que sejam exportadas 144,3 milhões de toneladas de soja em grãos na safra 2022/23, sendo que o Brasil deve responder por 63,8 milhões de toneladas desse total. A maior participação, em seguida, é dos Estados Unidos (43,8 milhões de toneladas ou 30% do mercado internacional), com a Argentina em terceiro lugar (17,5 milhões de toneladas; 12,1%).

Relativo à carne de frango, a participação brasileira no mercado externo deve ser ainda maior. A previsão é que sejam comercializadas cerca de nove milhões de toneladas entre os países, com o Brasil respondendo por 53% (ou 4,76 milhões de toneladas). Em seguida, aparecem os Estados Unidos (3,89 milhões; 43,3%) e União Europeia (1,3 milhão de toneladas; 15%).

No comércio de carne bovina a liderança de exportações será da Índia, seguida por Brasil, Estados Unidos e Austrália, respectivamente. Esses quatro países devem responder por 94,7% da exportação nos próximos 10 anos – o Brasil deverá ter 23,3% desse mercado.
Segundo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, as projeções apontadas pelo governo norte-americano confirmam as expectativas brasileiras para o posicionamento estratégico do país entre os maiores exportadores agropecuários do mundo. “Os investimentos cada vez maiores nos campos brasileiros têm nos possibilitado fazer uma frente maior entre os grandes mercados mundiais”, afirmou.

Carlos Mota

Min. da Agricultura, Pecuária e Abastecimento