COTAÇÕES AGRÍCOLAS

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Procura por técnicos agrícolas também é elevada



Procura por técnicos agrícolas também é elevada

Os técnicos agrícolas também são profissionais requisitados e em falta no mercado segundo apontam os especialistas. “À medida que cresce entre os produtores rurais a noção de que toda atividade agrícola deve ter orientação profissional fica mais clara a necessidade de que é preciso investir mais na formação de profissionais com esse perfil”, diz o coordenador do curso de engenharia agronômica da Esalq, José Otávio Machado Menten.
“O técnico agrícola tem grande importância, pois é ele quem atua na ponta da cadeia, colocando em prática as orientações dadas pelos agrônomos”, afirma o professor.
O coordenador do curso técnico em agropecuária da Etec Doutor Dario Pacheco Pedroso, em Taquarivaí (SP), Eraldo Barboza de Souza, conta que é cada vez mais frequente a presença de empresas vindo recrutar alunos direto na escola. “São empresas dos mais variados setores da agricultura, e inclusive empresas de outras regiões.”
Aos 18 anos e prestes a se formar no curso técnico em agropecuária, o estudante Fábio Luis Campos já vive essa realidade. Ele diz estar avaliando algumas propostas que já surgiram. “Quero atuar dando consultoria em propriedades onde há criação de gado”, revela.
Fábio diz não querer parar de estudar e tem planos de fazer faculdade em alguma área relacionada à produção agrícola. Entretanto, diz pretender acumular um pouco de experiência de mercado antes de escolher.

Precisão. Além da falta de técnicos agropecuários faltam também profissionais deste nível com conhecimento em agricultura de precisão.
“No setor de grãos, por exemplo, há carência de profissionais aptos a operar equipamentos com essas tecnologias embarcadas, diz o coordenador dos projetos de agricultura de precisão do serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Victor Ferreira. Segundo ele, tem crescido a quantidade de cursos que oferece esse tipo de formação no País.
Para tentar acelerar o processo de aprendizagem desses conceitos a entidade está promovendo ciclos de palestras para capacitar seus instrutores. A ideia é que eles sirvam de multiplicadores desses conceitos, que já são aplicados também na cafeicultura e fruticultura./L.C.
 Fonte: O Estado de S.Paulo

Semana preferencial para plantio de variedade de soja



Semana preferencial para plantio de variedade de soja
 
Conforme o departamento técnico da Cotrijuí esta semana é preferencial para plantio das variedades de soja precoce e de menor porte.
O agrônomo da Cotrijuí, Mário Jung, alerta aos agricultores sobre o cuidado com a profundidade da semeadura, pois mesmo com umidade no solo a terra seca muito rápida no local da linha de plantio da plantadeira.
No entanto, Mário Jung chama atenção sobre cuidados com a praga chamada “tripes”, um inseto minúsculo, com menos de 0,3 cm de comprimento, corpo delgado e movimentação rápida.
O agrônomo explicou que na safra de soja passada a praga causou grande prejuízo, visto também a falta de chuva.
Inclusive neste início de plantio da soja na região de Ijuí disse que já percebeu grande presença de “tripes” em lavouras com a oleaginosa no começo de desenvolvimento vegetativo.
Mário Jung esclarece que há real possibilidade da praga causar perdas na soja e o controle da fase inicial da incidência tem bastante sucesso, o que pode evitar pulverização aérea.
Ele enfatizou, ainda, que a “tripes” tem hábito alimentar diversificado e se alimenta de plantas cultivadas, além de invasoras.

Na soja os danos maiores ocorrem nas folhas, o que faz a planta perder água. A praga pode, também, ocasionar queda de flores.
O ciclo de vida da “tripes” é de 20 dias, porém com rápida reprodução. Os ovos eclodem em quatro dias.
O agrônomo da Cotrijuí, Mário Jung, ainda fez questão de falar sobre o percevejo barriga verde que fez estragos no trigo na safra deste ano, por isso está presente nas lavouras, o que pode prejudicar também a soja.
Fonte: Agrolink

Exportações de milho crescem mais de 80% em Paranaguá



Exportações de milho crescem mais de 80% em Paranaguá

De janeiro a outubro, a movimentação de milho registrada pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) foi 81% maior do que a realizada no mesmo período de 2011, quando o Porto de Paranaguá movimentou pouco mais de 2,1 milhões de toneladas do grão. Este ano, foram quase 3,9 milhões de toneladas do produto exportadas.

Só no último mês, a exportação do milho mais que dobrou em relação ao ano passado. De pouco mais de 415 mil toneladas movimentadas em 2011, chegou a mais de 979 mil em 2012. Ou seja, 136% a mais. O mês de outubro foi o mês que registrou a maior movimentação de milho deste ano.

“Foi uma série de fatores que contribuiu para essa alta na exportação do milho. Tivemos uma safra recorde nas lavouras do Paraná – a principal origem do grão que exportamos aqui -, além disso, a safra americana sofreu a seca, quebrou, o que favoreceu aos produtores brasileiros que obtiveram bons preços do produto no mercado internacional”, explica o diretor empresarial da Appa, Lourenço Fregonese.

Considerando apenas o Corredor de Exportação (Corex) de Porto de Paranaguá, foram mais de 2,9 milhões de toneladas de milho exportadas: 60% a mais que em 2011, quando o complexo movimentou pouco mais de 1,8 milhões de toneladas do produto.

A movimentação geral do Corex – que soma a exportação de milho, soja e farelo de soja – foi de mais de 14,2 milhões de toneladas nos dez meses deste ano. O aumento registrado pelo complexo é de mais de 13% em relação a 2011, quando foram exportadas 12,6 milhões de toneladas de grãos.


Tendência – De acordo com Juliane Yagushi, técnica do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), este ano, o Paraná colheu 16 milhões de toneladas de milho. Da primeira safra, quase 100% já está comercializado. Da segunda, quase 80%. Segundo a especialista, o Estado ainda tem cerca de seis milhões de toneladas do produto disponíveis para o mercado externo. Portanto, a movimentação de milho deve seguir na mesma intensidade.

“O Paraná ainda tem estoque e produção. O momento é propício: a safra norte-americana não mudou, o mercado continua firme. A expectativa é que a exportação do milho paranaense continue intensa até o final deste ano e no próximo”, afirma.

Segundo a técnica do Deral, 10% da primeira safra de milho 2012/2013 – que já está plantada – também já está comercializada.
Fonte: AI Appa

Mandioca: Seca no Nordeste gera crise de oferta e preços recordes



Mandioca: Seca no Nordeste gera crise de oferta e preços recordes

Os preços da raiz de mandioca, da fécula e da farinha são os maiores (em termos nominais) já registrados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP – a série começa em 2002. Tradicionalmente, a liquidez e os preços arrefecem em novembro, mas, neste ano, a demanda, principalmente por farinha, segue firme e as cotações avançam desde julho.

Na última semana, o preço médio da raiz, considerando-se oito regiões acompanhadas pelo Cepea nos estados de SC, PR, SP e MS, foi de R$ 343,15/tonelada, média 36% acima da registrada em igual período de 2011. Nas mesmas regiões, o preço médio da fécula de mandioca foi de R$ 1.956,95/t (a retirar na indústria), 45% superior ao de um ano atrás. A farinha de mandioca, considerando-se a média de cinco regiões nos estados de SP, PR e SC, foi comercializada a R$ 76,27/sc de 50 kg na última semana, avanço de 66% sobre igual semana de 2011.

Pesquisadores do Cepea destacam que o principal motivo dessas valorizações é a seca no Nordeste, maior região produtora da raiz. Conforme dados do IBGE, a área cultivada até teve ligeiro aumento na safra 2011/12, mas a produtividade das lavouras nordestinas está 14% menor que a da temporada anterior. Com isso, a oferta de raiz na região diminuiu 12,3%. No Paraná, segundo maior produtor, a safra também teve pequena queda; já São Paulo, teve expansão de área e de produtividade. No agregado, a oferta nacional deve totalizar 24,3 milhões de toneladas, 3,8% abaixo do obtido em 2011.

Diante da menor produção nordestina, agentes daquela região passaram a adquirir farinha de mandioca nos estados do Centro-Sul, aumentando significativamente a demanda pelo produto do Paraná e de São Paulo. Com isso, explicam pesquisadores do Cepea, foi acirrada a disputa pelo produto com a indústria de fécula que, até outubro, processou quantidade de mandioca 6,3% inferior à do mesmo período de 2011. Consequentemente, os preços da raiz subiram expressivamente em todas as regiões consultadas pelo Cepea.

Nos dois últimos anos, diferentemente do que se vê neste semestre, as cotações estiveram relativamente estáveis, comentam pesquisadores do Cepea, e isso atraiu novos consumidores para o mercado de fécula de mandioca. A atual escassez de oferta pegou de surpresa agentes do setor, principalmente consumidores de fécula, como frigoríficos, indústrias de papel e atacadistas que consideravam estáveis os estoques do derivado.

Na avaliação de pesquisadores do Cepea, esse quadro é bastante negativo para o setor. Desestimula consumidores atuais e também aqueles que poderiam vir a adaptar suas estruturas industriais à fécula. Por outro lado, o mercado de amido de milho, principal concorrente da fécula de mandioca, é diretamente beneficiado. E, segundo os pesquisadores, tem aumentado o número de empresas ofertantes de amido de milho no Brasil.

No próprio setor da mandioca, os atuais preços altos têm beneficiado basicamente as farinheiras. Mesmo pagando mais pela matéria-prima, essas empresas têm conseguido reajustar consideravelmente seus preços. O consumo no Nordeste, que é o grande consumidor de farinha de mandioca, segundo pesquisas do Cepea, não tem diminuído, indicando ser bastante baixa a elasticidade preço deste produto.

Já o segmento industrial produtor de fécula de mandioca amarga elevada ociosidade e dificuldade para reajustar os preços de venda dada a concorrência com amido de milho.  Conforme levantamentos do Cepea, entre janeiro e outubro deste ano, a produção de fécula foi 9,2% menor que a do mesmo período de 2011.

Para produtores da raiz, os preços atuais são atraentes, mas são poucos os que têm roças em ponto ideal de colheita – mandiocal a partir de nove meses. Por esse motivo, em algumas regiões, produtores intensificaram a colheita de raízes com cerca de sete meses. Trata-se de produto com baixos rendimentos agrícola (toneladas por hectare) e industrial (pouco amido). Como conseqüência desta oferta antecipada, pode-se antever que a oferta no primeiro trimestre de 2013 deverá ser bem enxuta, alertam os pesquisadores.

No campo, é preciso considerar ainda a forte competitividade que grãos têm apresentado, superando a da mandioca mesmo com os preços atuais. Por esse motivo, pesquisadores do Cepea avaliam que, na maioria das regiões, produtores devem diminuir a área. No Nordeste, pesa ainda a escassez de material de plantio.

Apesar de ter chovido nas duas últimas semanas em algumas regiões do Nordeste, pesquisadores do Cepea avaliam ser preciso, pelo menos, mais um semestre para que as lavouras comecem a se recuperar. Como resultado, é de se esperar que os preços continuem em patamares elevados, mas possivelmente menores que os atuais, segundo o Cepea.
Fonte: Cepea