COTAÇÕES AGRÍCOLAS

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Solução para proibição do IBAMA é debatida em nível ministerial


Solução para proibição do IBAMA é debatida em nível ministerial


A discussão agora está em nível ministerial, entre as pastas da Agricultura e do Meio Ambiente. Esse foi o resultado da reunião ocorrida na última sexta-feira (10), em Brasília, sobre a proibição, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA), do uso aviões para a pulverização de quatro tipos de defensivos usados em lavouras no País. O encontro ocorreu no Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA) e, além do presidente do Sindag, Nelson Antônio Paim, e de representantes do IBAMA, contou com a presença de membros das indústrias de defensivos (Syngenta, Basf, Bayer, Rotam, Milenia) da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), do Sindag defensivos (Sindicato Nacional das Indústrias de Produtos para Defesa Agrícola) e das associações de produtores de soja, cana-de-açúcar, algodão e cítricos.

Conforme Paim, o grupo apresentou ao MAPA e IBAMA as minutas elaboradas pelos sete grupos de trabalho (formados pelas entidades da aviação, produção e defensivos), que discutiram os impactos da medida sobre o setor primário brasileiro. “Aparentemente, os argumentos foram bem aceitos pelo MAPA, que reconheceu a importância da aviação. Esperamos agora que o IBAMA analise melhor os dados e se sensibilize da necessidade de rever a medida”, explica o presidente do Sindag.

ABRANGENCIA

A proibição do IBAMA abrange defensivos que tenham os princípios ativos Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina ou Fipronil. Segundo o órgão ambiental, a medida foi motivada pelo fato do produto ser prejudicial às abelhas. Os produtos são usados em lavouras como soja, milho, arroz, algodão, cítricos e outras. E agora não podem ser aplicados por aviões. O que, para o Sindag, é um contrassenso, já que a aviação é justamente a ferramenta mais eficiente e segura para aplicação de defensivos. Além disso, a medida simplesmente inviabilizaria o setor aeroagrícola brasileiro.

A proibição pelo IBAMA abrange também os outros meios de aplicação nas épocas de florada ou na presença de abelhas nas lavouras. Em linhas gerais, o sindicato aeroagrícola apresentou dados da área de lavouras atendidas por aviões no Brasil e reforçou a importância das aeronaves para o controle de pragas em lavouras como cana-de-açúcar, algodão, cítricos e soja. O Sindag também voltou a bater na tecla da segurança e capacidade técnica da aviação e propôs uma conversa entre todos os setores e os produtores de mel, para analisar um manejo que viabilize a convivência da apicultura com as lavouras.

SINDAG - Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola 
  • Publicado por Sofia Iba em 16 agosto 2012 às 10:23 em Aplicação de Defensivos
  • Back to Aplicação de Defensivos Discussions
16/08 


Exportações matogrossenses crescem 38% em sete meses


Exportações matogrossenses crescem 38% em sete meses
Milho e algodão duelam por cadeira em ranking dos produtos embarcados

Leandro J. Nascimento

As exportações matogrossenses contabilizaram alta de 38% entre janeiro a julho deste ano na comparação com o mesmo período de 2011. A receita com os negócios avançou de US$ 6 milhões para US$ 8,2 milhões, enquanto o volume embarcado cresceu de 11,7 mil toneladas para 15,1 mil toneladas. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

Complexo de soja, carne bovina e complexo milho apresentaram maior representatividade na relação dos itens direcionados ao mercado internacional.

Analista de conjuntura econômica do Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea), Gemelli Lyra lembra que a composição do ranking encerrou o sétimo mês de 2012 com mudanças.

Isto porque o milho assumiu o lugar do algodão e tornou-se o terceiro produto mais exportado pelo estado. Nos últimos dois meses o posto era ocupado pelo algodão. Juntos, os quatro produtos, mais a carne de aves, representam 97% do valor das exportações do estado.

O milho conseguiu subir uma posição, apesar de reduzir sua participação de 9% para 5% no acumulado do ano, lembra a analista.

"Em julho exportamos muito milho, ou 55% do total vendido neste ano. Esperávamos uma mudança no ranking, só não o algodão e o milho trocarem de lugar", avaliou a analista do Imea.

Em sete meses, os embarques do cereal para o exterior acumularam queda de 26% em receita e 27% em volume na comparação com o mesmo período de 2011, de acordo com o Mdic. Enquanto isso, para o algodão a alta correspondeu em 588% e 508%, respectivamente.

A tendência, lembra Gemelli Lyra, é que nos próximos meses o algodão volte a conquistar sua "cadeira" na lista dos itens mais vendidos, com a maior oferta de produto a partir da colheita no estado.

"O volume de algodão será maior porque estamos colhendo", lembrou a especialista.

De acordo com o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária, a colheita da safra de algodão alcançou 71% da área de 722.568 hectares até o último dia 10 de agosto.

Já a colheita dos 2,5 milhões de hectares de milho segunda safra praticamente encerrou.

País

A maior parcela dos produtos embarcados em sete meses destinou-se para a China. O país é o principal comprador dos itens de Mato Grosso e no acumulado do ano elevou seu share de 39% para 44%. De US$ 8,2 bilhões negociados pelo estado, US$ 3,6 bilhões foram para a China.
A Holanda - cuja participação reduziu de 10% para 8% - configurou-se como o segundo destino para as exportações do estado. O país absorveu US$ 703,8 milhões em diferentes produtos. Já a Espanha e Tailândia, US$ 439,1 milhões e US$ 406,6 milhões, consecutivamente.

Custo com frete representa 15% do valor pago pela soja


Custo com frete representa 15% do valor pago pela soja
Evania Costa

Peso do frete sobre o valor da saca de soja recuou nos últimos 3 anos, conforme análise do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Atualmente representa 15,68% da saca (60 kg), cotada em R$ 61,95, enquanto que, em 2010, 24,7% do preço da saca (R$ 44,69) era destinado aos custos com transporte. Valor pago por saca se manteve estável nos últimos 2 anos. No porto de Paranaguá (PR), por exemplo, o valor do frete sobre o preço médio da saca caiu 8,88%, baixando de R$ 8,86 em 2010 para R$ 8,48 este ano.

Quebra da safra no Sul e no Nordeste do país afetou diretamente a baixa. Daniel Latorraca, analista do Imea, explica que a diminuição da produção nessas regiões elevou a oferta de transporte para Mato Grosso. Segundo ele, deve-se considerar nesse panorama, além do frete quase constante, que o valor da saca também teve forte alta a cada ano. De 2011 para 2012, a valorização foi de 28,9%, o que evidentemente ajuda a a reduzir o impacto
do frete sobre a produção.

Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Henrique Fávaro, o setor está cada vez mais “encurralado”, aumentando a produção e não tendo como escoar por causa da falta de logística. “Estrangulamento vai piorar ano a ano, safra a safra, até chegar um momento que vamos parar de crescer por falta de infraestrutura”.

Para piorar a situação, novas variáveis estão mudando o cenário neste 2º semestre, conforme Latorrac. O preço do frete vai alterar com o início da colheita no Paraná, o aumento no óleo diesel e os reflexos da regulamentação da profissão de motorista. Uma opção para o escoamento poderá ser a Ferrovia Senador Vicente Vuolo (Ferronorte). De acordo com o superintende comercial da concessionária América Latina Logística (ALL), Leonardo Recondo Azevedo, a ferrovia será responsável pelo escoamento de grande parte da safra 2012/2013, já que a previsão é que os terminais estejam em operação até o fim deste ano.

Embarque - Até a última sexta-feira (10), 62,1% da soja mato-grossense saiu do país pelo porto de Santos, em São Paulo, somando 6,094 milhões de toneladas (t), de um total 9,807 milhões (t) já exportados. Principal destino do grão foi a China (6,6 milhões/t), seguido pela Espanha (846 mil/t) e Holanda (403,7 mil/t).

Pacote da União prevê BR-163 duplicada entre Sinop até Paraná


Pacote da União prevê BR-163 duplicada entre Sinop até Paraná


Os mais de 1.6 mil quilômetros da BR-163 entre Sinop e a divisa entre Mato Grosso do Sul e o Paraná devem ser duplicados por meio de concessão à iniciativa privada, segundo consta do Programa de Investimento em Logística, divulgado nesta quarta-feira, pelo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.
Conforme o projeto do governo federal, as concessões rodoviárias devem começar já no ano que vem e a 163 está contemplada. As concessionárias que vencerem os leilões poderão cobrar pedágios ao longo do trecho. Os contratos serão assinados com quem apresentar o menor preço da tarifa de pedágio.
O novo programa do governo também estabelece que os pedágios só poderão ser cobrados quando pelo menos 10% das obras a serem feitas estiverem concluídas. O tráfego urbano não será pedagiado.
O cronograma prevê que entre este mês de agosto e dezembro os estudos sejam feitos. As audiências públicas acontecem em janeiro. Em março a publicação dos editais. Em abril as licitações e, entre maio e julho de 2013, as assinaturas de contratos.

Em todo o país, o governo federal prevê investimento de R$ 42 bilhões em duplicação de 7.5 mil quilômetros de rodovias, sendo R$ 23.5 bi em cinco anos e R$ 18.5 bi em 20 anos.

Em Mato Grosso, a BR-163 já está sendo duplicada – em lotes – com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), entre Rondonópolis e o Posto Gil, em Diamantino. Entre os dois pontos são 330 quilômetros de extensão, dos quais 45 já estão em obras entre Rosário Oeste e o Gil.

Outro trecho de 17 km é na Serra de São Vicente. Para os demais lotes, projetos executivos estão sendo elaborados e em alguns trechos as licitações já estão em andamento. 

Fonte: De Sinop - Alexandre Alves



Fonte: De Sinop - Alexandre Alves


terça-feira, 14 de agosto de 2012

Proibição na aplicação de defensivos por via aérea prejudicará soja em Mato Grosso


Proibição na aplicação de defensivos por via aérea prejudicará soja em Mato Grosso


Proibição na aplicação de defensivos por via aérea prejudicará soja em Mato Grosso


O setor teme que, sem os defensivos a produtividade fique comprometida. Portaria do Ibama suspendeu 30 produtos usados no campo.

A proibição na aplicação de agrotóxicos em qualquer tipo de cultura, por via aérea, deve prejudicar o plantio da soja.


 A Portaria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que impede provisoriamente o uso de defensivos como Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina e Fipronil, foi publicada recentemente no Diário Oficial da União (DOU).


De acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), Glauber Silveira, a proibição do uso de 30 produtos está causando prejuízos ao setor. Conforme ele, há locais nas lavouras onde não é possível fazer a aplicação do defensivo por via terrestre. "Mas a medida impede o uso de aviões". O setor teme que, sem os defensivos a produtividade fique comprometida.



Outra reivindicação do setor é a liberação de pesquisas no combate às doenças no campo, como a ferrugem asiática. A resistência de pragas que atacam a soja causa preocupação entre os produtores. Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Carlos Fávaro, o Brasil precisa avançar nas pesquisas se quiser garantir o aumento sucessivo na produção.


 "Desde 2008 não há liberação de novas moléculas de produtos químicos. Estamos ficando para trás, já que os Estados Unidos, por exemplo, estão há três anos com produtos mais eficientes que os nossos".


Portaria - A portaria do Ibama dá início formal ao processo de reavaliação de agrotóxicos associados a efeitos nocivos às abelhas. Quatro ingredientes ativos que compõem esses agrotóxicos serão reavaliados: Imidacloprido, Tiametoxam, Clotianidina e Fipronil. O uso de inseticidas que contêm esses ingredientes ativos por meio de aplicação aérea tem sido associado à morte de abelhas em diferentes regiões do país, o que motivou a proibição.


Esta iniciativa do Ibama segue diretrizes de políticas públicas do Ministério do Meio Ambiente (MMA) voltadas para a proteção de polinizadores. Elas acompanham a preocupação mundial sobre a manutenção de populações de polinizadores naturais, como as abelhas. 


Ao final do processo de reavaliação, o Ibama poderá manter a decisão de suspensão da aplicação por aviões destes produtos, ou revê-la. Caso o resultado dos estudos indiquem, o instituto poderá adotar outras medidas de restrição ou controle destas substâncias.
Fonte: Cenário MT

Variedades transgênicas resistentes à seca



 A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), busca desenvolver variedades geneticamente modificadas de cana-de-açúcar, soja, milho, arroz e trigo com o objetivo de reduzir os riscos em decorrência das mudanças climáticas. A pesquisa promete reduzir os custos na lavoura e contribuir na preservação do meio ambiente.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Eduardo Romano, os resultados até o momento são promissores. “Isolamos um gene relacionado à resistência ao estresse hídrico e o introduzimos em plantas modelo. Estas se tornaram altamente tolerantes à seca. As plantas não modificadas sobreviveram apenas 15 dias sem água enquanto que as plantas que receberam o gene sobreviveram mais de 40 dias. Agora estamos introduzindo este gene nas culturas comerciais. Esse é um processo que será obtido em longo prazo. Se tudo der certo, a estimativa de lançamento dessas variedades é para 2017″, afirmou.

O Brasil, como um grande fornecedor de alimentos, deve aumentar sua produção agrícola para acompanhar o crescimento da demanda mundial. “Nosso foco é a sustentabilidade, a preservação do meio ambiente, como por exemplo, o uso racional da água”, frisou o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, José Gerardo Fontelles. Todo o esforço do Governo já é percebido através dos resultados positivos obtidos na agricultura nacional.
Fonte: Mapa

Novo fungicida pode reduzir prejuízos



 
Com o objetivo de reduzir os prejuízos nas lavouras de soja com a incidência de diversos tipos de fungos, infestações que vêm ocorrendo de forma frequente em regiões mais chuvosas, a FMC acaba de colocar no mercado o Locker, fungicida voltado para o controle de doenças como a ferrugem asiática, mancha alvo, oídio, antracnose e demais doenças de final de ciclo. De acordo com o gerente de produtos fungicidas da empresa, Flávio Centola, um dos diferenciais desse lançamento é o controle em conjunto de doenças primárias e secundárias.
Segundo ele, na ferrugem asiática – considerada primária -, por exemplo, já se tem um controle melhor e o que gera uma certa tranquilidade ao produtor. Porém, doenças que até então eram consideradas controláveis, como o mofo branco, estão ganhando destaque nas lavouras do Brasil.

O especialista destaca que para ter uma melhor eficiência em controle de doenças, é necessário um manejo integrado que envolve principalmente a adubação de solo e o uso de sementes de alta qualidade. Segundo o professor, cultivares mais frágeis necessitam de uma atenção especial para esse tipo de trabalho. ”Problemas fitossanitários comprometem até 50% a eficiência das plantas”, destaca.


                       Fonte: Folha Web

Custo entre soja convencional e transgênica empata em Mato Grosso


Custo entre soja convencional e transgênica empata em Mato Grosso

14/08 
 
 Opção por uma ou outra tecnologia não será motivada pelo valor final. Diferencial está no manejo e no mercado

MARIANNA PERES

A opção por lavouras de soja transgênicas (OGM) ou convencionais (OGM Free) não é mais uma decisão embasada somente no custo de produção ou na economia com os insumos sobre cada hectare cultivado, e sim no resultado que se busca na lavoura e no mercado que se pretende atingir visto que na safra 2012/13 – que começa daqui a exatamente um mês em Mato Grosso – o desembolso final estimado para o plantio é praticamente o mesmo, de R$ 2,13 mil por hectare com OGM Free e de R$ 2,14 mil para OGM.

Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que pela primeira vez avaliou a necessidade de investimentos para cada tecnologia adotada. Antes desta divisão, o Instituto extraía uma média de ambas para ter uma projeção de custo à sojicultura estadual. A segmentação passa a ser mensal a partir de agosto e publicada sempre na segunda-feira de cada mês.

O analista de mercado do Imea, responsável pela publicação, Otávio Behling Júnior, explica que a divisão dos estudos foi uma necessidade demanda pelo produtor mato-grossense e que a paridade nos custos de produção das distintas tecnologias não surpreende porque há diferenças de valor para uma e outra tecnologia e que ao final da análise se observa que um insumo compensou o outro. “Por exemplo, a lavoura OGM tem preços de sementes mais caros em comparação a OGM Free e esta, por sua vez, tem desembolsos maiores em relação aos herbicidas”, explica.
Para alguns mercados específicos, nichos, só há espaço para soja OGM Free e para produção desse grão, o produtor em geral recebe um ‘plus’ que pode variar de R$ 2 a R$ 5 por saca. O conflito ainda entre pagamentos de royalties pelo uso das sementes transgênicas também afugenta alguns produtores. O apelo para produção de soja transgênica, em geral, é pela maior facilidade de manejo na lavoura e para manter o campo mais limpo, livre de plantas invasoras.

Na planilha de custos elaborada pelo Imea a maior diferença de preços está nos herbicidas e chega a 23% na comparação entre os principais insumos utilizados. Considerando volumes necessários para cobertura de um hectare, na soja OGM Free – chamada também de soja livre ou soja convencional – se desembolsam R$ 113,22, enquanto que para mesma área da soja OGM – soja transgênica ou RR – são necessários R$ 86,85, diferença de 23%. O químico é utilizado no manejo de plantas daninhas e invasoras e a maior parte da semente OGM vem com tolerância ao herbicida (TH).

Em relação às sementes, o custo com cultivares OGM supera em 15,49% o valor com sementes convencionais, de R$ 110,14 para R$ 95,36.

Para aquisição de inseticidas (combate aos insetos das lavouras como lagartas e percevejos) o produto destinado à soja RR é cerca de 7,5% mais caro em relação à convencional, R$ 155,40 para R$ 144,47.

O fungicida, insumo de primeira necessidade no Estado para controle e combate da ferrugem asiática, não há praticamente diferença no custo e a utilização sobre cada hectare custará cerca de R$ 105,53 na convencional e R$ 105 na OGM.
No informativo de agosto, que será a referência este mês, a base é de cálculo é o dólar médio de julho, R$ 2,03, e a estimativa de produtividade é de 52 sacas por hectare.

MAIS CARA – A safra 2012/13 será a mais cara da história no Estado. Conforme o Imea, o custo ficará em R$ 2,13 mil, por hectare, 28% acima da média registrada em igual período do ano passado, R$ 1,64 mil. No período, a taxa de câmbio avançou 27,32%, passando de R$ 1,61, base junho/2011 para R$ 2,03, conforme base julho 2012.

América do Sul tem missão de recompor estoque de soja


América do Sul tem missão de recompor estoque de soja
Brasil, Argentina e Paraguai devem exportar 56,4 milhões de toneladas de soja em 2012/13, - 60% do total vendido no mundo.



O Brasil está prestes a se tornar o maior produtor mundial de soja e a assumir a liderança na exportação do produto diante dos Estados Unidos. Na exportação, o posto foi alcançado uma única vez, em 2005/06, e perdido por pouco na última temporada. A previsão que parte do próprio Departamento de Agricultura dos EUA, o Usda, é que a colheita brasileira de soja 2012/13 passe de 80 milhões de toneladas e as exportações atinjam 37 milhões (t), com vantagens de 10% e 20% sobre as marcas norte-americanas. As mudanças no mercado vão além dessa comparação. O trio sul-americano da soja, composto por Brasil, Argentina e Paraguai, deve assumir de vez a liderança no mercado da commodity.

Veja a notícia na íntegra no site da Gazeta do Povo
Fonte: Gazeta do Povo


Colheita de milho chega à fase final em Mato Grosso, diz Céleres


Colheita de milho chega à fase final em Mato Grosso, diz Céleres

14/08 
SÃO PAULO - A colheita do milho de segunda safra está próxima de ser encerrada em Mato Grosso, principal produtor no Brasil, segundo levantamento semanal divulgado nessa segunda-feira (13) pela consultoria Céleres.

Os trabalhos de campo atingiram 95 por cento da área cultivada, um avanço de 6 pontos percentuais ante o levantamento da semana anterior.

No país, a colheita já foi realizada em 69 por cento da área, evolução de 8,7 pontos percentuais em uma semana.

"Os trabalhos atuais estão 10,1 pontos percentuais à frente quando comparados com os trabalhos na mesma época da safra passada, quando 59 por cento já haviam sido colhidos", disse o relatório da consultoria.

No Paraná, outro Estado com grande volume de produção na chamada "safrinha", a colheita já foi concluída em metade da área plantada, com grande avanço na última semana.

"Depois das chuvas que atrapalharam o desenvolvimento normal da colheita, o tempo seco tem motivado os produtores paranaenses a acelerar o passo", disse a Céleres.

Com o tempo favorável nas principais regiões produtoras, o Brasil está colhendo um recorde de milho na segunda safra.

A dedicação dos produtores à colheita tem atrapalhado os negócios com milho, segundo a consultoria.

"O mercado doméstico de milho apresentou-se como morno na semana passada, estando os produtores focados na colheita e os compradores pressionando os preços e oferecendo valores abaixo dos pedidos pelos vendedores, levando algumas praças a apresentarem quedas ou estabilidade", disse a Céleres.

EXPORTAÇÕES

O volume recorde de milho exportado em julho começa a sinalizar que o país poderá terminar o ano com vendas de 14 milhões de tonelada, disse a Céleres.

"Os relatórios de acompanhamento da movimentação marítima nos principais portos brasileiros apontam que em agosto de 2012 a possibilidade de serem embarcadas mais de 2 milhões de toneladas é grande", disse a consultoria.

No entanto, problemas logísticos, como a falta de caminhões e a morosidade no processo de transbordo em portos secos em Mato Grosso e a falta de vagões no Paraná, podem interferir no bom desenvolvimento das exportações, alertou a empresa.

(Por Gustavo Bonato)

Chuvas indicam alívio a safras dos EUA, mas não revertem perdas


Chuvas indicam alívio a safras dos EUA, mas não revertem perdas

14/08 

CHICAGO, (Reuters) - A previsão de chuvas leves e temperaturas amenas para esta semana vai trazer esperado alívio às combalidas lavouras de milho e soja no Meio-Oeste dos EUA, mas prejuízos sérios já ocorreram nas plantações, disse um meteorologista agrícola nessa segunda-feira (13).

"É uma melhoria e provavelmente ela vai desacelerar a deterioração, mas eu também não vejo grandes melhorias", disse John Dee, meteorologista da Global Weather Monitoring.

Dee disse que chuvas de 0,2 a 0,6 polegada (5 a 15 milímetros), com algumas pancadas fortes isoladas, foram registradas durante o fim-de-semana em Minnesota, Iowa, Wisconsin e Illinois. Chuva semelhante é esperada nessa segunda-feira em Michigan, Indiana e Ohio e, de quarta até sexta-feira, cerca de 85 por cento do Meio-Oeste poderia esperar entre 0,3 e 0,8 polegadas (7 a 20 milímetros) de chuva.

Dee e outros especialistas dizem que a safra de milho nos EUA já foi prejudicada pelo calor de verão, mas que algumas lavouras de soja tardia podem ser beneficiadas pela melhoria do clima. "Isto vai ajudar a formação das vagens e o enchimento de grãos em algumas lavouras de soja, mas os estragos já foram feitos na produção de milho", disse ele.

A consultoria Commodity Weather Group disse na segunda-feira que um terço das plantações de soja do Meio-Oeste permaneciam sob estresse hídrico, e que as áreas de soja com seca podem se expandir um pouco nos próximos 10 dias.

Soja, milho e trigo operavam com baixa na manhã dessa segunda-feira na bolsa de Chicago.

Por volta das 11h, a soja para novembro tinha queda de 2 por cento, a 16,10 dólares por bushel.

O milho para setembro tinha queda de mais de 2 por cento, a aproximadamente 7,81 dólares por bushel.

O primeiro contrato do trigo caía mais de 2,1 por cento, a 8,6525 dólares por bushel.

(Reportagem de Sam Nelson)

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Soja: o maior déficit de oferta da história


Soja: o maior déficit de oferta da história



O mercado de soja mergulha na letargia sazonal com a aproximação do início  de colheitas das safras de milho e soja do hemisfério norte, estarrecido com a possibilidade de estupendas perdas nas produções de soja e milho das lavouras americanas.
 Produções razoáveis já não existem, considera-se o ineditismo da dimensão das quebras que paralisa os operadores que não conseguem avaliar o impacto que as perdas podem causar no suprimento global.
 Esgotaram-se as referências históricas dos anos similares de 1983 e 1988; espera-se o derradeiro período para a maturação da lavoura de soja, já que o milho já não oferece nenhuma possibilidade de recuperação.
 Estamos lidando com o inimaginável. Há mais de 20 anos do último episódio de seca drástica em um cenário completamente diferenciado daquela época, já que não existia a política de produção de energia limpa a partir de grãos e oleaginosas e também não havia a demanda compacta da China, que passou a importar soja a partir de 1996.
 A volatilidade dos preços indica a indecisão de operadores e investidores em se posicionar numa direção de mercado. Esperam o confronto da escassez para decidir o que fazer a seguir. O mundo contemporâneo ou a nova escola não previnem nem antecipam essa dimensão de crise. Assim também assistimos à crise econômica da Zona do Euro que definha pela incompatibilidade nas decisões da reforma econômica.
 O tempo pode ser a solução, mas o custo pela espera poderá resultar em consequências desastrosas para a falta de alimentos ao redor do mundo. O mais provável é que "um preço" terá que ser pago para garantir o suprimento e também para oferecer condições aos produtores em aumentar consideravelmente suas produções.
O agravamento da escassez ou da crise é traduzida em elevação de preços, cujo único remédio é  preços ainda mais elevados.
 No Brasil, a escassez da safra velha aponta o descolamento dos preços da Bolsa de Chicago ou qualquer outra referência. Já nas posições para a safra nova sulamericana, os preços têm se mantido gravitando na máxima do padrão existente nos últimos 3 anos, ou seja, US$ 14,50 por bushel.
 Na definição da produção de soja americana haverá uma nova aferição do padrão da formação do preço. Vai depender de quanto será necessário racionar a demanda. O próximo mês de setembro (colheita americana) será decisivo para avaliar o quanto o preço pode alcançar.
 É a segunda vez na história que a produção somada ao estoque existente será menor que a necessidade de consumo, mas o percentual do déficit da oferta se encaminha para ser o maior desde 1973.
Fonte: Liones Severo

Código Florestal: O que já vale e o que ainda pode mudar na lei


Código Florestal: O que já vale e o que ainda pode mudar na lei
O Brasil tem um novo Código Florestal desde 25 de maio, a partir da sanção da Lei 12.651/2012, que estabelece regras para uso e proteção de florestas e demais áreas cobertas por vegetação nativa. No entanto, ainda persistem vários aspectos pendentes na legislação florestal. Isso porque a presidente da República, Dilma Rousseff, ao sancionar a lei, vetou parte do projeto enviado pelo Congresso e editou a MP 571/2012, suprindo lacunas deixadas pelos vetos.

A medida provisória tem força de lei desde sua publicação, mas deve ser modificada no Congresso e, para não perder a validade, precisa ser votada até outubro. No momento, a matéria tramita em uma comissão formada por deputados e senadores, que já aprovou o texto base do relator, senador Luiz Henrique (PMDB-SC). Nesta terça-feira (7) serão analisadas 343 emendas destacadas das quase 700 apresentadas à MP. Na sequência, a matéria segue para os plenários da Câmara e do Senado.

Os artigos modificados pela MP com maior chance de alteração tratam das regras para regularização de áreas de preservação desmatadas ilegalmente até 2008. A maior parte da lei florestal, no entanto, já está consolidada, nos termos do projeto enviado pelo Congresso.

É importante notar que as regras de recomposição de áreas desmatadas ilegalmente muitas vezes são mais brandas do que aquelas exigidas de quem está começando uma propriedade.

O que já é definitivo

A lei em vigor mantém a delimitação geral de área protegida presente no antigo Código Florestal (Lei 4.771/65), tanto em termos de Reserva Legal como de Área de Preservação Permanente (APP). Uma pessoa que hoje adquire uma propriedade rural e deseja iniciar uma atividade produtiva, por exemplo, deve seguir as seguintes normas:

Reserva Legal: em fazendas na Amazônia, o proprietário é obrigado a manter a vegetação nativa, a título de reserva legal, em 80% da propriedade, se a mesma estiver localizada em área de floresta; em 35% do imóvel, se localizado em área de cerrado; e em 20% da propriedade, quando ela estiver em áreas de campos gerais. Nas demais regiões do país, independentemente do tipo de bioma, a área mínima obrigatória de reserva legal é de 20% da propriedade rural.

Ainda para a Amazônia Legal, em estados que tenham mais de 65% do território ocupado por unidades de conservação públicas, o percentual de reserva obrigatória poderá ser reduzido de 80% para até 50%.

Para proprietários que, até 2008, desmataram suas fazendas além do permitido, a nova lei acolheu regra proposta pelo Congresso: áreas com até quatro módulos fiscais poderão ser regularizadas com a porcentagem de mata nativa existente naquele ano, mesmo que inferior ao exigido na lei. Já as propriedades com mais de quatro módulos fiscais serão obrigadas a recompor a área de reserva legal.

Essa recomposição poderá ser feita por meio de plantio intercalado de espécies nativas e exóticas ou pelo isolamento da área, para que ocorra a regeneração natural. A nova lei permite ainda compensar a reserva legal em outra propriedade, até mesmo em outro estado, desde que dentro do mesmo bioma da reserva desmatada.

Para fins de regularização em áreas de floresta na Amazônia Legal, poderá ser autorizada, pelos órgãos ambientais, a redução para 50% da área de reserva legal a ser recomposta, quando indicado pelo zoneamento ecológico-econômico (ZEE).

Não será obrigado a recompor a reserva legal o proprietário que tenha desmatado suas terras de acordo com leis vigentes à época, ainda que o percentual de reserva esteja em desacordo com as regras atuais.

Preservação Permanente: os proprietários rurais são obrigados a manter faixas de vegetação ao longo dos rios, chamadas de mata ciliar, como Área de Preservação Permanente. A mata deve ter pelo menos 30 metros de largura, para rios com até 10 metros de largura; 50 metros de largura, para rios entre 10 e 50 metros; 100 metros de largura, para rios entre 50 e 200 metros; 200 metros de largura, para rios entre 200 a 600 metros; e 500 metros de largura, para rios com largura superior a 600 metros.

Também são consideradas APPs as faixas de 100 metros, nas zonas rurais, ou de 30 metros, nas zonas urbanas, no entorno de lagoas naturais. A área em volta de reservatórios artificiais terá faixa de APP definida na licença ambiental. Já o entorno de nascentes e olhos d’água perenes deve ser protegido por um raio mínimo de mata de pelo menos 50 metros.

São ainda de preservação permanente as encostas com declividade superior a 45 graus; as faixas de restingas fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; as bordas dos tabuleiros ou chapadas; o topo de morro com altura mínima de 100 metros e inclinação média maior que 25 graus; regiões com altitude superior a 1.800 metros, qualquer que seja a sua vegetação, e os manguezais, em toda a sua extensão.

Os apicuns e salgados (que integram o ecossistema dos manguezais e são utilizados para produção de camarão e sal, respectivamente) e as veredas também são considerados APPs, mas sua delimitação e regras de recomposição ainda podem ser modificadas (veja adiante).

Pelo novo código, é permitida a supressão de vegetação em APPs nos casos em que a área for declarada de utilidade pública, de interesse social ou de baixo impacto ambiental. Nas propriedades familiares, foi permitida a cultura temporária e sazonal em terra de vazante, desde que não haja novos desmatamentos.

Nas faixas de mata ciliar dos imóveis com até 15 módulos fiscais, foi permitida a aquicultura e a infraestrutura a ela associada. Nas áreas de encosta, é permitido o manejo florestal sustentável em áreas de inclinação entre 25 graus e 45 graus, mas proibida a conversão de floresta nativa.

O que ainda está em discussão

Com a edição da MP 571/2012, o governo federal promoveu mais de trinta modificações na nova lei florestal e a tramitação da medida no Congresso pode resultar em novas alterações nas regras de uso e proteção de florestas. O foco da polêmica continua sendo a recomposição de APPs desmatadas ilegalmente, mas as discussões incluem ainda os princípios do novo código e aspectos como a prática do pousio e a exploração de veredas, como detalhado a seguir:

Recomposição de APP: A medida provisória reduziu a exigência de recomposição de mata ciliar para pequenos produtores, com áreas de até 4 módulos fiscais, que plantaram em área de preservação permanente. Emendas acolhidas pelo relator, Luiz Henrique, ampliam as vantagens para médios produtores, com áreas até 10 módulos fiscais.

De acordo com a MP, propriedades com até um módulo fiscal deverão recompor uma faixa de 5 metros de mata, independentemente do tamanho do rio. Em imóveis com área de um a dois módulos, será obrigatória a recomposição de faixa de mata de 8 metros de largura e em imóveis de 2 a 4 módulos, serão 15 metros de mata, para rios de qualquer tamanho.

Será obrigatória ainda a recomposição de 20 metros de mata para rios com até 10 metros de largura, em imóveis com área entre quatro e 10 módulos fiscais. Para rios maiores dentro de propriedades desse tamanho e para rios de todos os tamanhos em propriedades com mais de 10 módulos fiscais, a mata ciliar deve ter a metade da largura do rio, observado o mínimo de 30 metros e o máximo de 100 metros, contados da borda da calha do leito regular.

Em bacias hidrográficas consideradas críticas, poderão ser definidas faixas maiores de vegetação, conforme ato do Poder Executivo, após serem ouvidos os comitês de bacia hidrográfica e o conselho estadual de meio ambiente.


De acordo com a MP, a exigência de recomposição de matas, somadas todas as APPs da propriedade, não poderá ultrapassar 10% da área total de imóveis com até dois módulos fiscais e 20% para imóveis rurais com área entre dois e quatro módulos fiscais. Luiz Henrique ampliou a norma para limitar a recomposição a 25% da área de imóveis entre quatro e 10 módulos fiscais, excetuados os localizados na Amazônia Legal.

Princípios: o relator também acatou emendas que modificam o primeiro artigo do novo código, que trata dos princípios e objetivos da lei. O senador excluiu incisos que previam o reconhecimento de florestas e demais formas de vegetação nativas como bens de interesse comum a todos os brasileiros e o compromisso com modelo ecologicamente sustentável.

No texto base do parecer aprovado na comissão mista foi estabelecido que a nova lei tem como objetivo o desenvolvimento sustentável, atendendo a princípios como o compromisso de preservação das áreas florestadas, a confirmação da importância da agropecuária e das florestas para a sustentabilidade e a responsabilidade comum dos entes federados e da sociedade civil na preservação dos recursos florestais.

Nascentes: A MP reduziu a exigência de recomposição de mata em volta de nascentes e olhos d’água, além de especificar que a norma se refere a afloramentos perenes. A medida torna obrigatória a recomposição de um raio mínimo de 5 metros, para imóveis rurais com área de até um módulo fiscal; raio mínimo de 8 metros, para área de um a dois módulos fiscais; e raio mínimo de 15 metros de mata, para imóveis com mais de dois módulos fiscais.

Em destaque apresentado ao relatório de Luiz Henrique, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) pede a volta do texto aprovado no Congresso: recomposição de raio mínimo de 30 metros de mata, para todas as propriedades.

Vereda: em seu voto, Luiz Henrique resgatou conceito aprovado pelo Congresso, que especifica como vegetação característica de vereda “palmeira arbórea Mauritia flexuosa (buriti) emergente”. A MP usa a caracterização mais genérica de “palmáceas” para caracterizar a forma de vegetação predominante nas veredas.

Para os casos de atividades consolidadas em veredas, deve ser mantida norma prevista na MP: recomposição obrigatória de 30 metros de faixa marginal de mata, para imóveis rurais com área de até quatro módulos fiscais; e de 50 metros de mata, para imóveis com mais de quatro módulos fiscais.

Pousio: a MP limitou a prática de pousio (interrupção de cultivos visando à recuperação do solo) a no máximo cinco anos e em até 25% da área produtiva da propriedade, como forma de garantir o uso produtivo e social da terra. Luiz Henrique excluiu do conceito de pousio o limite de utilização na área da propriedade (25%), mas incluiu esse mesmo limite em parágrafo específico, que restringe a prática um quarto da área produtiva.

O relator também excluiu da lei o conceito de área subutilizada ou utilizada de forma inadequada, mas manteve o conceito de área abandonada, que inclui terrenos subutilizados ou abaixo dos índices de produtividade.

Apicuns e salgados: O relator manteve ainda capítulo introduzido pela MP que regulariza a produção consolidada até 2008 de camarão e sal em apicuns e salgados, respectivamente. O texto abre a possibilidade para a exploração de mais 10% da área de apicuns e salgados nos estados da Amazônia e 35% da área desses ecossistemas no restante do país.

O texto, no entanto, obriga a proteção de manguezais arbustivos adjacentes a apicuns ou salgados e também prevê que a ampliação da ocupação desses ecossistemas respeitará o Zoneamento Ecológico-Econômico da Zona Costeira.

Artigos que tratam do tema receberam cerca de 60 emendas, todas rejeitadas pelo relator, sendo que parte delas foi destacada para exame pela comissão mista.

Cidades: o relator suprimiu dois parágrafos da MP que tratam de APPs em áreas urbanas, um deles prevendo que a largura mínima de matas de rios que delimitem faixa de passagem de inundação será definida nos planos diretores e leis de uso do solo, após consulta aos conselhos estaduais e municipais de meio ambiente, sem prejuízo dos limites gerais de APPs definidos na lei.
Fonte: Agência Senado

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Desmatamento na Amazônia cai 23% em 12 meses Todos julgam a acao das serrarias mas realmente quem desmata?


Desmatamento na Amazônia cai 23% em 12 meses


Todos julgam a acao das serrarias, e madeireiros,  mas realmente quem desmata?   quem ja ouviu falar que o madeireiro 'e o guardiao da floresta?ele depende da mate em p'e.
O desmatamento na Amazônia caiu 23% entre agosto de 2011 e julho de 2012 na comparação com os 12 meses anteriores. Os dados divulgados ontem (2) pelo Ministério do Meio Ambiente apontam que 2,04 mil quilômetros quadrados foram desmatados nos últimos 12 meses. Com isso, quase 700 quilômetros quadrados foram poupados na comparação entre os períodos avaliados.

O Sistema de Monitoramento em Tempo Real (Deter), coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostrou que, com exceção de Roraima, todos os estados da região mantiveram ou reduziram a taxa de desmatamento local. O Maranhão foi o estado que registrou a maior queda de desmatamento (67%), seguido pelo Amazonas com 45% menos áreas devastadas e pelo Acre e pelo Pará, onde a derrubada de árvores reduziu em 42% em cada estado.

Para a ministra Izabella Teixeira, os números mostram “o resultado da robustez nas políticas e estratégias de monitoramento”. No ano passado, o Pará foi responsável por quase 47% do desmatamento.

O Deter revelou que o desmatamento da região amazônica aumentou apenas em Roraima, com acréscimo de 218% no período 2011/2012. O estado contabilizou 56 mil quilômetros quadrados de áreas devastadas, enquanto entre agosto de 2010 e julho de 2011, a área desmatada somava 18 mil quilômetros quadrados.

“Roraima tinha números absolutos com explosão do desmatamento. O estado agora está indicando tendência de queda”, avaliou Izabella Teixeira. Apesar do otimismo, a ministra explicou que os dados do Deter indicam apenas uma tendência. “Não podemos afirmar que vai reduzir o desmatamento, mas é um indicativo”, disse ela, acrescentando que, ainda assim, os números apontam “redução expressiva e sinalizam um caminho de perspectiva e ainda com baixíssima cobertura de nuvens.”

Em 2011, nuvens cobriram parte significativa das imagens captadas pelos satélites, o que comprometeu o resultado do monitoramento do desmatamento em Mato Grosso, no mês de junho. Este ano, as nuvens encobriram apenas 16% das imagens captadas pelo satélite no mesmo mês.

Outro desafio do monitoramento é a mudança no perfil do desmatamento na região. O crime ambiental na Amazônia que tinha como característica a devastação de grandes áreas, passou a ser feito em pequenas áreas, inferiores a 25 hectares. A modalidade definida pela ministra Izabella Teixeira como “desmatamento puxadinho”, que domina há três anos as práticas criminosas na Amazônia, tem exigido melhorias tecnológicas que o atual satélite não tem capacidade de captar as imagens com resolução ideal.

“Viremos com nova tecnologia para captar esse novo perfil [de desmatamento]. Esta nova tecnologia vai informar antes do crime. A gente vai colocar um óculos no Deter”, disse a ministra.

Em dezembro deste ano, o Inpe vai lançar o novo satélite Cbers 3, como resultado de uma cooperação com a China. A expectativa é que o satélite entre em operação em janeiro de 2013. “ Com isso, poderemos contar com informação em muito mais alta resolução espacial. Vamos ter um monitoramento constante e semanal, podendo detectar pequenos desmatamentos de vários hectares”, explicou Carlos Nobre, secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação.

Nobre admitiu que, os atuais dados, ainda “não são uma boa métrica do desmatamento anual como todo, mas eles indicam tendência de queda.”
Fonte: Agência Brasil